Não, não chegou a ser tolice dos pensamentos dela nem tampouco os sustos que levara a noite com os sonhos. O nome disso era saudade, saudade do que não era preenchido, saudade do que não existia. Era ela entre aspas. Sugada para o mundo fantasia. Recolhendo despedidas com os dedos. Era ela mergulhada na memória, flutuando no ar feito partícula.
A fantasia era tamanha que sempre ao pensar em situações inusitadas ela sorria um sorriso doce e seus olhos brilhavam como o céu da noite. A alegria era tamanha que chegara ser tumultuada como quem sorria como uma borboleta que se entregava sem resistência ao abraço do vento. Ela era as palavras escapulindo pulsante do peito ardo.
Na escrivaninha do quarto sempre existiu folhas de papel com milhares de recados não dados que ela chegara a fazer de cama, e lençol. Mas como quem não desistia de todo esse pensar maravilhoso, ela queria acreditar, acreditar que tudo fosse possível. Até a noite súbita em que não conseguiu mais.
*Resta ainda essa capacidade de ternura tranbordando em mim... Frente com o meu dia, com a minha vida