terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Mastigando Versos Adoçados



E me anoiteço ainda mais em lembrar o amor que sinto por ti ainda guardado em mim e me travo tanto quando estás presente e novamente me tomas e arrancas de mim me desguiando por esses caminhos desconhecidos onde atrás de cada palavra tento desesperadamente encontrar um sentido, um verso, um  código, ou qualquer coisa que permita me guiar até você e esperar por um atalho onde não desvies tão subitamente os olhos, onde tua mão não roce tão rapidamente em meu braço, onde te detenhas mais demorado sobre isso que sou e penses quem sabe que se aceito tuas tramas, e vomitas sobre mim, depois puxas a descarga e te vais, me deixando repleta dos restos amargos do que não digeriste, mas mesmo assim penses que poderias aceitar também meus jogos, esses que não proponho, ah detritos, e em mim ficam restrito.


**E haja sentimento atravessando o mundo.




segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Deixa o coração ter a mania de insistir em ser feliz


                                         

         Ela desatinou, viu: chegar de manhazinha, mas não quis abrir os olhos

                                o sol se deslisando em seu rosto,

                                       e ela ainda estava

                                             sonhando...


Parece que o dia de hoje começou a 2 anos atrás. Medo de acordar e terem ressuscitado aqueles fantasmas do respirar fundo. Embora saiba que todo o sentimento de afeto ficara diferente hoje, comparado ao antes. Tenho medo que o anjo da guarda não desça do céu a tempo, e me coloquem numa camisa de força forçada a ver os auspícios de um extravagante sanatório, e eu me torne o escândalo predileto dos dissabores da vida. Mas eu vou acordar amanhã, abrir a janela e o sol me iluminará me provando o contrário. E vou me acabar de tanto rir. Provavelmente de mim mesma. Não vou mais esvaziar minha alma em expectativas que só existiram em meus pensamentos. Como demora morrer os amores em nossos corações. Eu tento. Mas o corpo não aceita mais nada. Cansada dos desamores. Embora, aparentemente esteja faminto em mim, não vou estendê-lo sobre a calçada para servir de aperitivo aos vira-latas. Não quero me transformar em miniaturas de palitos ossuários na boca de cães lambancentos. Vou deixar que a chuva caia. Se a chuva é para purificar então chove, preciso que o tempo ajude as águas lavarem meu corpo cansado. Minha vida é um espetáculo babilônico. É como se tudo o que eu tocasse virasse pedra. Aprecio os abismos emocionais. Quase ninguém chega perto. E minha grande ambição, é soltar as correntes da razão e espiar o que há dentro, ainda que ao final me reste apenas a vertigem da queda. Não me contento com formas. "Ou toco no fundo. Ou não toco em nada".

**Hoje me peguei sonhando, sonho que iluminou dentro.



quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Da Falencia das Gardênias



"Pelo amor de Deus
Não vê que isso é pecado, desprezar quem lhe quer bem
Não vê que Deus até fica zangado vendo alguém
Abandonado pelo amor de Deus"

 E tudo isso porque naquela noite de setembro pude observar um certo brilho nos seus olhos, brilhavam ao mesmo compasso em que o meu olhar cobria o teu.

                     Coração. Te solto. Me soltas.