Ao cair do orvalho
Céu nublado e tudo tão minúsculo
Tudo tão promiscuo
Eu promiscua encolhida e amassada
Tanta coisa escondida em papeis e rabiscos
Que prefiro não lembrar
Mas deixe isso tudo pra lá
Vivo este momento
Este agora que revigora
Distraio-me em efeito
sonoro
Tento desesperadamente me reciclar
E juntar todos os cacos que deixei cair no chão
Nesse vácuo de solidão me espreito
Me arraso na casa de espelhos do meu intimo
E espalho meu rosto
E finjo não esta me vendo
Nesse reflexo tosco e perdido
Eu não sei quem sou
Nem me controlo no que faço
Daí escrevo como quem levasse uma topada da vida
Contando em versos os acontecimentos que ocorrem dentro de
mim

"Contando em versos os acontecimentos que ocorrem dentro de mim"
ResponderExcluirTa genial!