Com os pés me equilibro na linha do destino.
Quaisquer que sejam as escolhas,
resta ainda, acima de tudo,
o respeito aos
caminhos.
Resta ainda a esperança na ponta da língua
com o seu gostinho doce e azedo,
enlaçando o céu da boca
de quem espera resultados
no futuro.
Resta ainda tudo de tudo o que é bom,
esperando a gente
logo ali na frente,
ali no tempo,
no passar das horas,
no passar dos dias.
Resta ainda o pouco
que faltou para alcançarmos algo
que ainda não conseguimos.
Resta a coragem,
a persuasão,
a sabedoria,
e o poder em acreditar que somos capazes.
Resta ainda o sorriso da criança abraçada na ternura da mãe,
a gentileza do próximo,
e a paz que nos falta no dia cinza.
Resta o que resta da cidade respirando liberdade.
Resta o que nos faltou para acreditarmos que não resta
nada que precise ser preenchido.

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