quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Acalanto



A noite espreita
Todo o ocidente nos ombros.
Outrora se inicia                       
Eu fico em êxtase constante.
Ando cansada de tudo,
Desse nada imenso.
Sou moça sem recato,
Dessas que encontram em qualquer canto.
Jogo-me ao vento,
Viro, reviro, me quebro e me uso.
E nesse salão de sentimentos
Deixo que as águas invadam meu rosto.
Gosto de me ver chorar, um faz bem desabafar
Levando essa cadência viva em mim.
Tons, ruídos, sons e delírios nascem com o tempo.
Tudo tem cheiro....
Cheiro marcante, que atravessa as horas e o vento,
E ainda arrepiam minha pele nua
São as gardênias
Ainda as gardênias
O seu olhar
O seu falar
O seu, o seu no meu.



quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Inocência do Prazer

Espalham-se sobre o corpo doses avassaladoras de puro prazer.
Mãos deslizam sobre partes quentes e árduas, lábios vermelhos se procuram vendo se a boca combina.
Depois a pele, se a textura vale.
O corpo não reclama e sim se derrama por completo.
E um procura-se no outro,
O cheiro de prazer, um cheiro de afago.
E os dois se embriagam,                                                  Sob aquela fragrância.
E cada beijo tem uma cor.
Cada amor tem uma cor.
Cor de caramelo.
Cor de madrugada quente.  
Será apenas o silêncio que ronda aquele momento intenso?
A esperança está grudada na carne.
Alguém tenta desesperadamente sentir algo diferente.
A inocência tumultua, mas o prazer extrapola e implora para ser diferente.
Cada carinho é o fio de uma navalha,
Que estraçalha e afaga.
Amor escravo de nenhuma palavra.
Era tudo isso que procurava.
No clarão da madrugada.









terça-feira, 23 de agosto de 2011

Mistérios de um sono

Um boa noite breve, calmo e baixo.
Fecham-se as portas apagam-se as luzes,
O que resta de uma noite cálida e profunda no sereno da cidade na meia noite.
Es o sono apontando nos olhos de quem o fecha.
Para sonhar com o invisível e o imaginário,
E a alma vagueia por lugares pitorescos e místicos,
Onde o tempo nem ousa em existir.
Em uma fração de momento,
Torna-se tão intenso que realmente tudo parece acontecer.
Os sonhos nos invadem e nos tomam,
Tomam como mãos suaves e lentas que deslizam nos aconchegos do prazer.
Prazer em sonhar com coisas que realmente faz sentido.
Sentidos insanos, impróprios e sensatos,
De uma vasta imensidão.
E venturas e aventuras vivemos.
Para até a chegada do amanhecer,
Onde os raios do sol nos despertam.
E todo aquele efeito feito enfeite,
Desenfeita-se feito desfeche e fecha-se em nossas cabeças.
Levando aqueles pequenos momentos pra toda vida.

domingo, 21 de agosto de 2011

Versos Avulso

Escrevo ao léu.
Pequenos alicerces resumidos em folha.
O que são?
Palavras, pequenas palavras que distinguem partes do corpo, movimentos, atos do viver.
Em pequenos versos posso dizer muitas coisas.
Mexo com o oculto, o imaginário e mergulho no inesperado.
Esse mundo torna-se tão vasto, que nele existo intuitivamente. Dela arranco feridas, me desespero, escandalizo, extrapolo, imploro, exploro, tenho medo, desejo, fico alegre, triste e sofro.
Em tão tamanho apego, que não necessito me esconder em faces. E nunca me limito.
Cerco-me de palavras e significados, ultrapasso fronteiras e levo todo o meu entendimento conquistando profundamente minha liberdade de pensamentos e sensações, mesmo que não faça sentido utilitário ao próximo.
Vivo em eterna mutação, e me renovo a cada instante, pois estou cansada da rotina do mundo, por isso busco novidades e equilibro-me com a escrita e se não fosse ela eu me morreria simbolicamente todos os dias.
Escrever me absorve por inteira e unifica todos os meus sentimentos.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Vida em Orly


La mañana de la vida….
Sedenta e ainda exauta.
Respirava o pouco de oxigênio da varanda de casa.
Observando a todo o mometo os raios do sol invadindo minha alma.
E o amanhecer é lindo.
Nuvens se enfeitavam no céu ao vento e juntas cobriam-se fazendo a dança das cores.
Enclinava-me em uma cadeira, para terminar de ver aquele espetáculo.
Que trasmutava o meu ser e cubria-me de um luxo radioso de sensassões.
Mesmo tosca e sem voz,
sentia um acréscimo de estima por se mesma.
E parecia-me que entrava em uma existência superiormente interessante.
Onde cada momento tinha seu encanto diferente.
E assim enchergava a plenitude de tudo quieta.
Fazendo as expectativas rondarem-me dos pés até a boca.
Em ver aquele deslumbramento infinito.



sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Contradições em Vida


    Corta meus pulsos        
e jorra todo o meu sangue até a ultima gota,
para que meu coração pare.
    Necessito de uma pausa.
    Viver é muito complicado.
    Meu corpo esta em ânsia e nada supre.
    Atrevo-me a dizer tudo isso porque vejo que sou um nada. Absolutamente um nada imenso. 
    Passa-me o mundo no peito, mas não posso deitar ao lado do sossego porque não aprendi a ser contada nos dedos.  
    O meu eu tem códigos que não existem. Sou tão anônima quanto um banco de praça.
    Vivo entre aspas e nem tento sair delas.
    Assim torno-me um labirinto de intimidades que tento trocar sempre, mas não consigo.
    Quero me curar de mim, chutar o balde, ser mais filha, ser mais adulta, sem ser eu.
    Quero calma e paciência mesmo sem saber ser calma e paciente.
    A vida me passa nos olhos a todo o momento, mas ela me exige tanto que eu quero outra.
    Preciso me restituir de humanidades cabíveis.
    Estou cada dia mais distante e vivendo em paralelos imaginários.
    Escrevo memórias em silencio em uma tarde oriunda, me viro de ponta a cabeça de uma vida que me    passa rasteira, mas mesmo assim ainda continuo sendo eu.
    Como posso ser um caso cheia de descaso?
    Minhas dores são sempre sem repostas e os conselhos imundos. Como posso deixar meu cansaço em qualquer canto?
    Quero poder me atrever mais, me curtir mais, ser mais comedia, ser imensa e devassa sem precisar me untar da presença dos outros.
    Quero que meus pensamentos contraditórios se virem contra mim e se rebelem me trazendo paz de espírito. Preciso de doses avassaladoras de animo.
    Quero tirar essa capa desmemoriada do meu corpo e jamais voltar a ser o que sou. Quero não ser culpa e não ser pecado. Quero pisar em campos de possibilidades. Possibilidades essas que me façam um bem enorme. E Nunca me curar.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Esperando no Tempo











Hoje acordei com o dia pouco confuso. Céu nublado e sol sem dar esperanças que iria sair.
Levantei-me com a cabeça caris baixa, olhos embaçados e um bocejo que não me deixava.
 Direcionei-me ao espelho e deparei comigo mesma, o espanto veio logo após.
 Observo que a cada dia que passa meu amadurecimento é constante,
a cada dia q passa penso diferente, tenho reações diferente e um turbilhão me conduz.
 Sufoca-me saber as cobranças do tempo, mas o que posso fazer se ele não esta ao meu favor.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Fênix


      Alivia minha alma, faz com que eu sinta  que tua mão esta dada a minha, faz com que eu sinta que a morte
nã existe porque na verdade já estamos na eternidade, faz com que eu sinta que amar é não morrer, que a entrega de si mesmo não significa a morte, faz com que eu sinta uma alegria modesta e diária ao te ver, faz com que eu não te endague demais, porque a resposta seria tão misteriosa quanto ha pergunta, faz com que eu me lembre sempre de você, da sua presença, do seu olhar.
     Me alivia dessa dor, dessa culpa que me coroe e me estraçalha como uma mortalha.
     Todo esse tempo tenho evitado cair, mas vejo que estou perdendo minhas forças tentando escapar desse turbilhão de sentimentos com ferocidade, mas nada basta, nada supre, então eu fico pra baixo mais do que já estou.
    Agora o que me resta é renascer com o tempo e com ele eu crescer me comprometendo com a vida.


terça-feira, 9 de agosto de 2011

Meu Intimo

Sou Infinita, voraz,
desvairada, centrada e pensante.
Louca, eterna, fraterna.
Apaixonada por tudo que busco e ouso querer saber.
Sou o que resta da cidade.
Respirando liberdade por igual.
Sou fruta madura, sou mais que sofrida.
Sou doida varrida, sou mais que mulher.
Meu medo é minha coragem,
de viver além da margem e não parar.
Por dentro eu penso em quase tudo.
E por fora em quase nada.
Vivo no vaco de ilusões.
E as desilusões me tomam como ensino.





segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Um Down Em Mim

Hoje habito um lugar desconhecido dentro de mim,
  estranho e sem sentimento. E de tormento vivo apenas para existir.
Sem me iludir sigo essa vida rochosa.
Com tropeços e inóspitos prazeres vindos e bem vindos
seguem-me sempre.
Tranquei-me tanto em meu interior,
que fiz da palavra solidão uma morada.
Que em retirada parto sem direção.
Mesmo que venha sofrer com o coração,
todas as pontadas inóspitas,
serão hipócritas em vão.
Pois sempre estarão trancafiadas em segredo.
Que ao perpetuar possa apenas falar quando se tratar de amor.
E o que dizer sobre:
Serão sempre amores.
Que acompanham ilusões, sonhos e muitas bagagens.
cheias de desilusões e de corações machucados,
de sentimentos investidos sem sucesso algum.
Sendo assim fecho-me e direciono-me ao meu interior
E recolho meu coração para que não sofra sem precisão









domingo, 7 de agosto de 2011

Rastros de Tudo Que Não Se Foi Dito


Resplendor e declínio de um amor que se rompeu
Sem deixar sombras de amarguras e nem quão dores vans.
Apenas um pequeno orifício que ousa perpetuar em meus pensamentos..
Levando-me ao inconsciente devaneio de questionamentos de se.
Será apenas uma solidão peculiar?
Que ao enfatizar, conclua-se ainda o que ouso saber.
Ou apenas uma ousada sensação que destema o que serei?
Por se penso, serei aquilo que ouso querer sabe!
Afinal somos uma pequena gotícula de embaraçosos limites que ao levarmos ao fim, pensemos sobre tudo que ainda nos resta.
 E por fim nos leve ao mesmo ponto em que saímos, sem sobrar duvidas e incertezas do que não nos foi perpetuado.